sexta-feira, 11 de março de 2016

Passeridae


Família pertencente à Ordem Passeriformes, que conta com apenas um representante no Brasil: o Pardal.

O pardal (passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio. Entretanto, se dispersou pela Europa e Ásia, chegando no Continente Americano por volta de 1850. Hoje, os pardais são encontrados em quase todo os países do mundo, o que os caracteriza como uma espécie cosmopolita. A espécie vem se expandindo pelo espaço rural prejudicando a produção agrícola de determinadas regiões.

Foi introduzido no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 1906, por Antonio B. Ribeiro, um negociante português que saudoso dos gorjeios desse pássaro, trouxe de Portugal cerca de 200 exemplares. Segundo alguns autores, ele teve também a intenção de ajudar Oswaldo Cruz na luta contra insetos transmissores de doenças. Contudo, como o combate era contra o mosquito transmissor da febre amarela, não acreditamos nessa hipótese.

Na realidade, os pardais são onívoros, tendo uma alimentação bastante variada. Daí em parte o sucesso de sua sobrevivência. Outros fatores que contribuem para este sucesso são:

  • como se instalaram basicamente nas cidades contam com poucos predadores;
  • possuem grande capacidade de adaptação ao meio ambiente;
  • têm uma agressividade capaz de afugentar os outros pássaros concorrentes;
  • são prolíficos (5 a 6 ovos por ninhada).

Sua alimentação envolve sementes, flores, brotos de plantas, frutas, hortaliças, vegetais, restos de alimentos deixados pelos humanos e insetos. Este último alimento é mais consumido na época de alimentação dos filhotes. Mas, como vivem em geral nas cidades, prestam pouco ou nenhum serviço para a.agricultura.

Estudos norte americanos apontam que os pardais consomem na sua dieta 55% de grãos cultiváveis, o que gera prejuízos maiores do que qualquer benefício que possam trazer com o consumo de insetos (pragas).

Devemos considerar também os impactos ecológicos sobre a fauna local gerados pela sua agressividade e adaptabilidade. Para começar concorre com a andorinha (Notiochelidon cyanoleuca), quanto ao lugar para construir seu ninho. Devemos lembrar que a andorinha sim é uma consumidora voraz de insetos, incluindo mosquitos.

Praticamente enxotou das cidades pássaros que, no passado, eram comuns, como o tico tico. Ainda bem que existem algumas espécies que enfrentam o pardal, como o sanhaçu.

Em resumo, é "ave non grata" na maior parte dos lugares em que se alojou. No caso do Brasil, sua introdução demonstrou os malefícios de se assentar espécies exóticas ou alienígenas em um determinado ecossistema.

macho

fêmea

fêmea alimentando filhote


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