Família pertencente à Ordem
Passeriformes, que conta com apenas um representante no Brasil: o Pardal.
O pardal (passer domesticus)
tem sua origem no Oriente Médio. Entretanto, se dispersou pela Europa e Ásia,
chegando no Continente Americano por volta de 1850. Hoje, os
pardais são encontrados em quase todo os
países do mundo, o que os caracteriza como uma espécie cosmopolita. A espécie
vem se expandindo pelo espaço rural prejudicando a produção agrícola de
determinadas regiões.
Foi introduzido no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em
1906, por Antonio B. Ribeiro, um negociante português que saudoso dos gorjeios
desse pássaro, trouxe de Portugal cerca de 200 exemplares. Segundo alguns
autores, ele teve também a intenção de ajudar Oswaldo Cruz na luta contra
insetos transmissores de doenças. Contudo, como o combate era contra o mosquito
transmissor da febre amarela, não acreditamos nessa hipótese.
Na realidade, os pardais são onívoros, tendo uma alimentação
bastante variada. Daí em parte o sucesso de sua sobrevivência. Outros fatores
que contribuem para este sucesso são:
- como
se instalaram basicamente nas cidades contam com poucos predadores;
- possuem
grande capacidade de adaptação ao meio ambiente;
- têm
uma agressividade capaz de afugentar os outros pássaros concorrentes;
- são
prolíficos (5 a 6 ovos por ninhada).
Sua alimentação envolve sementes, flores, brotos de plantas,
frutas, hortaliças, vegetais, restos de alimentos deixados pelos humanos e
insetos. Este último alimento é mais consumido na época de alimentação dos
filhotes. Mas, como vivem em geral nas cidades, prestam pouco ou nenhum serviço
para a.agricultura.
Estudos norte americanos apontam que os pardais consomem na
sua dieta 55% de grãos cultiváveis, o que gera prejuízos maiores do que
qualquer benefício que possam trazer com o consumo de insetos (pragas).
Devemos considerar também os impactos ecológicos sobre a
fauna local gerados pela sua agressividade e adaptabilidade. Para começar
concorre com a andorinha (Notiochelidon
cyanoleuca), quanto ao lugar para construir seu ninho. Devemos lembrar
que a andorinha sim é uma consumidora voraz de insetos, incluindo mosquitos.
Praticamente enxotou das cidades pássaros que, no passado,
eram comuns, como o tico tico. Ainda bem que existem algumas espécies que
enfrentam o pardal, como o sanhaçu.
macho
fêmea
fêmea alimentando filhote
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